quinta-feira, 21 de março de 2013

Tutoria Online - Modelo Gilly Salmon




Salmon é a autora de um modelo de e-moderação que é utilizado na tutoria online de contextos de b-learning. Gomes, diz-nos que este modelo é um dos mais destacados, acrescentando e referindo que “na criação e dinamização das comunidades de aprendizagem existem aspetos aos quais deve atender de modo a promover a interação e facilitar o processo de aprendizagem por parte dos seus membros.” (2011, p.41),
Este modelo é constituído por 5 estádios, sendo que cada um é constituído por diferentes e-formadores e e-formandos.
O primeiro tem a ver com o acesso e a motivação. Nesta fase, o importante, é seja fácil o acesso ao software e que os e-formandos estejam motivados. Por isso, é fundamental que sejam dadas instruções precisas sobre como instalar o software, saber as palavras passe necessárias e sobre a forma como se trabalha com a ferramenta. Ainda é preciso disponibilizar os contactos existentes caso haja alguma dificuldade por parte dos e-formandos. O e-formador deve ter a preocupar de verificar se todos os formandos se inscreveram e têm acesso à plataforma. A promoção da motivação dos e-formandos está relacionada, entre outros aspetos com as ações que o e-formador faz, tais como: dar as boas vindas a todos e propiciar um bom feedback a todos. Esta primeira fase termina quando os e-formandos deixam as suas primeiras mensagens.
O segundo tem a ver com a socialização online. Este estádio vai desde a apresentação individual de cada e-formando, até à ligação que o e-formador estabelece entre todos através das atividades propostas, (como, por exemplo: fóruns de discussão e das mensagens). Portanto, há a criação de uma identidade de grupo entre os elementos da comunidade de aprendizagem. O modelo de Salmon prevê o facto de por vezes existirem e-formandos resistentes em participar. Segundo este autor está fase termina quando os participante começam a partilhar online um pouco deles próprios.
A terceira fase relaciona-se com a troca de informação. Existe troca de dados sobre o curso por todos os participantes. O e-formador deve planear e operacionalizar as atividades que permitam que este objetivo seja cumprido e o e-formando deve pesquisar informação e ter uma participação ativa. É necessário uma boa estrutura de avaliação, sendo que esta deve considerar o número de vezes que o e-formando acede à plataforma, o número de vezes que participa, e também a análise da pertinência e da adequação do contributo de cada e-formando. Segundo Salmon esta fase termina quando com a informação permite iniciar a construção de conhecimentos.
A quarta fase tem a ver com a construção do conhecimento. Fundamentalmente, nesta fase o que acontece é uma aprendizagem interativa e construtiva. Aqui os e-formandos têm a oportunidade de pararem, pensarem e voltarem a definir as suas ideias. O conhecimento é construído a partir da exploração e das discussões argumentativas. O e-formador deve promover este comportamento, estimulando a procura de respostas e fazendo sínteses durante os debates.
A quinta fase – desenvolvimento pessoal – é o alcance dos objetivos pessoais dos e-formandos. É nesta fase que os formandos reflectem sobre os processos de aprendizagem e o sistema.



                                    Modelo de e-moderação de G.Salmon (2000)[1]

Ao longo do modelo o e-formador estimula o aumento da autonomia por parte dos e-formandos em relação à construção dos conhecimentos. Através do sucessivo acompanhamento, que se vai distanciado à medida das fases de construção e desenvolvimento da comunidade de aprendizagem. Para além disto, às tarefas do e-formador está subjacente a responsabilidade de ter uma presença social que permita a criação de interações social entre os e-formandos (Gomes, 2011).


Bibliografia

Pessoa, T., Barreira, C., Santos, T. & Póvoa, L. (2008). A tutoria online. Colóquio sobre Questões Curriculares. Florianópolis.

Vieira, M. (2012). Estudo das estratégias de e-moderação do curso de violência e gestão de conflitos na escola. Lisboa: Instituto de educação da Universidade de Lisboa – tese de mestrado, consultado em http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/7160/1/ulfpie042833_tm.pdf

Gomes. M. (2011). A comunicação em ambientes online. O papel da supervisão pedagógica numa comunidade virtual de aprendizagem criada na Rede Social Facebook. Coimra: Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, pp.40-44 – Tese de Mestrado, consultado a 15 de março de 2013, em https://estudogeral.sib.uc.pt/jspui/bitstream/10316/18241/1/TESE_MESTRADO_SPFP_Concei%C3%A7%C3%A3o%20Malh%C3%B3%20Gomes.pdf
http://www.atimod.com/e-tivities/5stage.shtml - consultado a 16 de março de 2013


[1] Retirada de http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/7160/1/ulfpie042833_tm.pdf

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