Salmon é a autora de um modelo de e-moderação que é utilizado na tutoria online de contextos de b-learning. Gomes, diz-nos que este modelo é um dos mais destacados, acrescentando e referindo que “na criação e dinamização das comunidades de aprendizagem existem aspetos aos quais deve atender de modo a promover a interação e facilitar o processo de aprendizagem por parte dos seus membros.” (2011, p.41),
Este
modelo é constituído por 5 estádios, sendo que cada um é constituído por
diferentes e-formadores e e-formandos.
O
primeiro tem a ver com o acesso e a motivação. Nesta fase, o importante, é seja
fácil o acesso ao software e que os e-formandos estejam motivados. Por isso, é
fundamental que sejam dadas instruções precisas sobre como instalar o software,
saber as palavras passe necessárias e sobre a forma como se trabalha com a
ferramenta. Ainda é preciso disponibilizar os contactos existentes caso haja
alguma dificuldade por parte dos e-formandos. O e-formador deve ter a preocupar
de verificar se todos os formandos se inscreveram e têm acesso à plataforma. A
promoção da motivação dos e-formandos está relacionada, entre outros aspetos
com as ações que o e-formador faz, tais como: dar as boas vindas a todos e
propiciar um bom feedback a todos. Esta primeira fase termina quando os e-formandos
deixam as suas primeiras mensagens.
O
segundo tem a ver com a socialização online. Este estádio vai desde a
apresentação individual de cada e-formando, até à ligação que o e-formador
estabelece entre todos através das atividades propostas, (como, por exemplo:
fóruns de discussão e das mensagens). Portanto, há a criação de uma identidade
de grupo entre os elementos da comunidade de aprendizagem. O modelo de Salmon prevê
o facto de por vezes existirem e-formandos resistentes em participar. Segundo
este autor está fase termina quando os participante começam a partilhar online
um pouco deles próprios.
A
terceira fase relaciona-se com a troca de informação. Existe troca de dados
sobre o curso por todos os participantes. O e-formador deve planear e
operacionalizar as atividades que permitam que este objetivo seja cumprido e o
e-formando deve pesquisar informação e ter uma participação ativa. É necessário
uma boa estrutura de avaliação, sendo que esta deve considerar o número de vezes
que o e-formando acede à plataforma, o número de vezes que participa, e também
a análise da pertinência e da adequação do contributo de cada e-formando.
Segundo Salmon esta fase termina quando com a informação permite iniciar a
construção de conhecimentos.
A
quarta fase tem a ver com a construção do conhecimento. Fundamentalmente, nesta
fase o que acontece é uma aprendizagem interativa e construtiva. Aqui os
e-formandos têm a oportunidade de pararem, pensarem e voltarem a definir as
suas ideias. O conhecimento é construído a partir da exploração e das
discussões argumentativas. O e-formador deve promover este comportamento,
estimulando a procura de respostas e fazendo sínteses durante os debates.
A
quinta fase – desenvolvimento pessoal – é o alcance dos objetivos pessoais dos
e-formandos. É nesta fase que os formandos reflectem sobre os processos de
aprendizagem e o sistema.
Modelo
de e-moderação de G.Salmon (2000)[1]
Ao
longo do modelo o e-formador estimula o aumento da autonomia por parte dos
e-formandos em relação à construção dos conhecimentos. Através do sucessivo
acompanhamento, que se vai distanciado à medida das fases de construção e
desenvolvimento da comunidade de aprendizagem. Para além disto, às tarefas do
e-formador está subjacente a responsabilidade de ter uma presença social que
permita a criação de interações social entre os e-formandos (Gomes, 2011).
Bibliografia
Pessoa,
T., Barreira, C., Santos, T. & Póvoa, L. (2008). A tutoria online. Colóquio
sobre Questões Curriculares. Florianópolis.
Vieira,
M. (2012). Estudo das estratégias de
e-moderação do curso de violência e gestão de conflitos na escola. Lisboa:
Instituto de educação da Universidade de Lisboa – tese de mestrado, consultado
em http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/7160/1/ulfpie042833_tm.pdf
Gomes.
M. (2011). A comunicação em ambientes
online. O papel da supervisão pedagógica numa comunidade virtual de
aprendizagem criada na Rede Social Facebook. Coimra: Faculdade de
Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, pp.40-44 –
Tese de Mestrado, consultado a 15 de março de 2013, em https://estudogeral.sib.uc.pt/jspui/bitstream/10316/18241/1/TESE_MESTRADO_SPFP_Concei%C3%A7%C3%A3o%20Malh%C3%B3%20Gomes.pdf
http://www.atimod.com/e-tivities/5stage.shtml
- consultado a 16 de março de 2013
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