sexta-feira, 22 de março de 2013

Vantagens e Desvantagens


Como não podia deixar de ser, os sistemas de ensino-aprendizagem têm vantagens, mas também têm desvantagens. É nesta ótica de pensamento que Santos, Pessoa, Barreira & Póvoa (2008), referem alguns dos que podemos apontar. Estes autores referem que as ferramentas assíncronas permitem um acesso

Vantagens ferramentas assíncronas (por exemplo: e-mail) :
  •  permitem o acesso quando os e-formandos quiserem;
  •  se o software falhar não há problema, porque mais tarde poder-se-á realizar a atividade;
  • É mais viável neste tipo de ferramentas a reflexão ponderada e fundamentada, pois os e-formandos têm a possibilidade de pensarem sobre as questões e os problemas em causa;
  • é mais fácil para e-formador controlar as intervenções que são realizadas;
  • é obrigatório que todos os e-formandos participem

Desvantagens:
  • o software pode falhar;
  • como o feedback não é imediato;
  • o e-formando poderá sentir-se pouco motivado.

Vantagens ferramentas síncronas, (por exemplo: chat):
  • o feedback é imediato;
  • todos os e-formandos têm de participar;
  • os e-formandos concentram-se no estabelecimento de uma identidad.

Desvantagens:
  • condicionam o acesso e pressupõem de todos os intervenientes ao mesmo tempo;
  • o software pode falhar e se isso acontecer  actividade falha;
  • o e-formando poderá sentir-se pouco motivado.

Bibliografia 
Pessoa, T., Barreira, C., Santos, T. & Póvoa, L. (2008). A tutoria online. Colóquio sobre Questões Curriculares. Florianópolis.

Gouveia, C. (2011). O portefólio como instrumento de avaliação e aprendizagem no contexto de cursos online: a perspectiva dos estudantes. Lisboa: Departamento de Educação e Ensino a distância. – tese de mestrado, consultado a 17 de março de 2013, em https://repositorioaberto.uab.pt/bitstream/10400.2/1997/1/O_eportefolio_como_inst_de_aval_e_aprend_no_contexto_de_cursos_online.pdf

quinta-feira, 21 de março de 2013

Tutoria Online - Modelo Gilly Salmon




Salmon é a autora de um modelo de e-moderação que é utilizado na tutoria online de contextos de b-learning. Gomes, diz-nos que este modelo é um dos mais destacados, acrescentando e referindo que “na criação e dinamização das comunidades de aprendizagem existem aspetos aos quais deve atender de modo a promover a interação e facilitar o processo de aprendizagem por parte dos seus membros.” (2011, p.41),
Este modelo é constituído por 5 estádios, sendo que cada um é constituído por diferentes e-formadores e e-formandos.
O primeiro tem a ver com o acesso e a motivação. Nesta fase, o importante, é seja fácil o acesso ao software e que os e-formandos estejam motivados. Por isso, é fundamental que sejam dadas instruções precisas sobre como instalar o software, saber as palavras passe necessárias e sobre a forma como se trabalha com a ferramenta. Ainda é preciso disponibilizar os contactos existentes caso haja alguma dificuldade por parte dos e-formandos. O e-formador deve ter a preocupar de verificar se todos os formandos se inscreveram e têm acesso à plataforma. A promoção da motivação dos e-formandos está relacionada, entre outros aspetos com as ações que o e-formador faz, tais como: dar as boas vindas a todos e propiciar um bom feedback a todos. Esta primeira fase termina quando os e-formandos deixam as suas primeiras mensagens.
O segundo tem a ver com a socialização online. Este estádio vai desde a apresentação individual de cada e-formando, até à ligação que o e-formador estabelece entre todos através das atividades propostas, (como, por exemplo: fóruns de discussão e das mensagens). Portanto, há a criação de uma identidade de grupo entre os elementos da comunidade de aprendizagem. O modelo de Salmon prevê o facto de por vezes existirem e-formandos resistentes em participar. Segundo este autor está fase termina quando os participante começam a partilhar online um pouco deles próprios.
A terceira fase relaciona-se com a troca de informação. Existe troca de dados sobre o curso por todos os participantes. O e-formador deve planear e operacionalizar as atividades que permitam que este objetivo seja cumprido e o e-formando deve pesquisar informação e ter uma participação ativa. É necessário uma boa estrutura de avaliação, sendo que esta deve considerar o número de vezes que o e-formando acede à plataforma, o número de vezes que participa, e também a análise da pertinência e da adequação do contributo de cada e-formando. Segundo Salmon esta fase termina quando com a informação permite iniciar a construção de conhecimentos.
A quarta fase tem a ver com a construção do conhecimento. Fundamentalmente, nesta fase o que acontece é uma aprendizagem interativa e construtiva. Aqui os e-formandos têm a oportunidade de pararem, pensarem e voltarem a definir as suas ideias. O conhecimento é construído a partir da exploração e das discussões argumentativas. O e-formador deve promover este comportamento, estimulando a procura de respostas e fazendo sínteses durante os debates.
A quinta fase – desenvolvimento pessoal – é o alcance dos objetivos pessoais dos e-formandos. É nesta fase que os formandos reflectem sobre os processos de aprendizagem e o sistema.



                                    Modelo de e-moderação de G.Salmon (2000)[1]

Ao longo do modelo o e-formador estimula o aumento da autonomia por parte dos e-formandos em relação à construção dos conhecimentos. Através do sucessivo acompanhamento, que se vai distanciado à medida das fases de construção e desenvolvimento da comunidade de aprendizagem. Para além disto, às tarefas do e-formador está subjacente a responsabilidade de ter uma presença social que permita a criação de interações social entre os e-formandos (Gomes, 2011).


Bibliografia

Pessoa, T., Barreira, C., Santos, T. & Póvoa, L. (2008). A tutoria online. Colóquio sobre Questões Curriculares. Florianópolis.

Vieira, M. (2012). Estudo das estratégias de e-moderação do curso de violência e gestão de conflitos na escola. Lisboa: Instituto de educação da Universidade de Lisboa – tese de mestrado, consultado em http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/7160/1/ulfpie042833_tm.pdf

Gomes. M. (2011). A comunicação em ambientes online. O papel da supervisão pedagógica numa comunidade virtual de aprendizagem criada na Rede Social Facebook. Coimra: Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, pp.40-44 – Tese de Mestrado, consultado a 15 de março de 2013, em https://estudogeral.sib.uc.pt/jspui/bitstream/10316/18241/1/TESE_MESTRADO_SPFP_Concei%C3%A7%C3%A3o%20Malh%C3%B3%20Gomes.pdf
http://www.atimod.com/e-tivities/5stage.shtml - consultado a 16 de março de 2013


[1] Retirada de http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/7160/1/ulfpie042833_tm.pdf

quarta-feira, 20 de março de 2013

Web 2.0

Actualmente estamos em constantes transformações rápidas. A Internet e a World Wide Web (web) são um exemplo disso. Estas têm vindo a transformarem-se ao longo do tempo de uma forma rápida. Na Internet a principal mudança foi o facto dos seus utilizadores poderem ser produtores da informação, isto é, podemos publicar os próprios documentos. Esta mudança do consumidor para produtor é o que chamamos de Web 2.0. (Costa et. al, 2009).
Carvalho (2008) referido por Costa et. al (2009, p.5615) diz-nos que “a facilidade em publicar conteúdos e em comentar os “posts” fez com que as redes sociais se desenvolvessem online, estimulando o processo de interacção social e de aprendizagem”.
Quando apareceu este conceito?
O conceito de “Web 2.0” surgiu num brainstorming de uma conferência entre O’Reilly e a MediaLive International. Este autor percebeu que a Web, (Dale Dougherty ser pioneiro) era muito importante, pelas suas aplicações e sites novos.
O’ Reilly (2007, pp.18-19) diz-nos que podemos “ visualize Web 2.0 as a set of principles and practices that tie together a veritable solar system of sites that demonstrate some or all of those principles, at a varying distance from that core”.


Principais diferenças entre Web 1.0 e Web 2.0 (Coutinho e Bottentuit)[1]

 
Segundo Coutinho e Bottentuit referidos por Costa et.al (2009), as ferramentas da Web 2.0 podem ser classificadas em duas categorias. Uma refere-se às aplicações que só existem na Internet e que a sua eficácia aumenta com o número de utilizadores: Google Docs & Spreadsheets, wikipédia, del.icio.us, Youtube, Skype, eBay, Hi5, … A outra categoria refere-se às aplicações que podem funcionar offline, mas que têm mais vantagens se estiverem a ser utilizadas online: Picasa Fotos, Google Maps, Mapquest, iTunes, …
De acordo com Bergmann (2007) referido por Costa et. Al (2009), O´Reilly explica que Web 2.0 pretende criar aplicativos que utilizem a rede como uma plataforma. Estes aplicativos devem tornar-se cada vez melhores de acordo com o crescente número de utilizadores. Portanto, “ Web 2.0 significa usar a inteligência colectiva.”(p.5617).

Potencialidades pedagógicas
A web 2.0, também tem implicações na aprendizagem, tal como a professora Ana Amélia Carvalho nos disse, na aula de 5 de março de Novas Tecnologias e Práticas de Formação do Mestrado em Ciências da Educação.
 As ferramentas da Web 2.0 fomentam a partilha de ideias, questões, trabalhos; são uma forma de recebermos sugestões, críticas, apontadores. Pode ser encarada como uma forma de facilitar a conectividade entre textos e pessoas, e os blogs são um ponto de partida para o diálogo(Siemens, 2005, mencionado no power point da aula).
Por fim, termino com uma frase do texto de Costa et. Al (2009) que exprime uma ideia de Carvalho (2008), “Escrever online é estimulante para os professores e para os alunos.”



Bibliografia
 O'Reilly, T. (2007). What is Web 2.0: design patterns and business models for the next generation of software. Communications & Strategies, 65 (1), 17-37.

Costa, et.al (2009). Conhecer e utilizar a Web 2.0: um estudo com professores do 2º, 3º ciclos e secundário. Braga: Actas do X Congresso Internacional Galego-Português de Psicopedagogia. Consultado a 18 de março de 2013, em  http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/9592/1/ConhecerWEb2.0pdf.pdf

Power point da aula de 5 de março de 2013 da unidade curricular de Novas Tecnologias e Práticas de Formação do Mestrado


[1] Retirado de http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/9592/1/ConhecerWEb2.0pdf.pdf

terça-feira, 19 de março de 2013

Tecnologia na sala de aula


As tecnologias na sala de aula, são um tema cada vez mais falado. Como podem as tecnologias ser utilizadas em sala de aula? Como podem estas ajudar o professor a leccionar e até ajudar os alunos a aprenderem? Este vídeo fala-nos sobre exatamente sobre isso. Será que o contributo das tecnologias em sala de aula é positivo?




sábado, 2 de março de 2013

"The mobile revolution"




A "revolução móvel" está a acontecer. Atualmente verifica-mos que são muito raras as pessoas que não têm um telemóvel. Mas, esses não são os únicos dipositivos móveis que existem. Se analisármos as vendas de computadores portáteis verificámos que estas aumentaram muito neste último ano de 2011.

Quatro Cs
Quinn falou num dos seus livros que a cultura móvel caracteriza-se por quatro C: conteúdo, captura, cálculo e comunicação.
O conteúdo tem a ver com a capacidade de guardar ou aceder, de manter num dispositivo. Ou seja, relaciona-se com os documentos (texto ou gráfico), áudio e vídeo.
A disponibilização do conteúdo leva a que este seja utlizado em várias situações e no local em que as pessoas se encontram, por exemplo, pode servir para que se façam vídeo conferências, entrevistas e documentários.
Já a captura tem a ver com o conteúdo que cada individuo produz e não com o acesso a ele. Os indivíduos capturam quadros, áudio e vídeos, podendo criar imagens e texto.
Ora, uma das vantagens destes dispositivos tem a ver com o facto de permitirem o acesso a ferramentas de cálculo ou de apps comprados ou feitos por encomenda. Desta forma, consegue-se chegar a resultados que o indivíduo não era capaz se utiliza-se apenas a sua memória ou os seus conhecimentos de cálculo.
Em relação à comunicação, podemos dizer que esta é feita quando compartilhamos dados. Esta pode ser assíncrona ou síncrona e pode acontecer com principiantes, instrutores, assistentes do ensino ou de pesquisa, peritos ou com outras pessoas que sejam externos à instituição.

Por fim, é importante dizer que a combinação dos quatro Cs é possível. Por exemplo, na comunicação de imagens recolhidas de um suporte colaborativo. Em todos os caos, estes dispositivos aumentam as nossas capacidades cognitivas, desenvolvendo o nosso poder para encontrar soluções.

Contexto
Estas capacidades estão disponíveis onde quer que precisemos delas. Os dispositivos móveis têm propriedades originais de acordo com o contexto local, por exemplo, pela captação de GPS e sinais locais, e portanto de fazer coisas específicas do contexto em causa. Portanto, devemos ter em conta que a sensibilidade do contexto.



e-book: Quinn, C. (2012) The mobile academy – mLearning for higher education
http://www.designingmlearning.com/TheMobileAcademySample.pdf 

sexta-feira, 1 de março de 2013

Bem-vindos

Com o incentivo das docentes da cadeira de Novas Tecnologias e Práticas de Formação do Mestrado de Ciências da Educação criei este pequeno espaço de reflexão sobre a pedagogia e tudo o que lhe é subjacente.

Assim, começo com esta frase de Paulo Freire "Se a educação sozinha não pode tranformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda".